Mundo caminha para “catástrofe climática”, afirma chefe da ONU
Em março, a revista The Economist promoveu um evento para sustentabilidade global, onde António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, se fez presente emitindo um alerta sobre a ameaça do aquecimento global sobre o planeta e as consequências de um possível colapso em até 3 anos. Antonio destacou a importância de conter o aquecimento global em até 1.5ov C, atualmente em 1,1ov C até, no máximo até 2025.
“As mudanças climáticas induzidas pelo homem estão causando perturbações perigosas e generalizadas na natureza e afetando a vida de bilhões de pessoas em todo o mundo, apesar dos esforços para reduzir os riscos. Pessoas e ecossistemas menos capazes de lidar com a situação estão sendo os mais atingidos”
– Cientistas envolvidos no último relatório do IPCC com 270 autores de 67 países
O IPCC é o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change) criado pela ONU em 1988 para conter, reduzir e conscientizar as mudanças climáticas globais pela iniciativa da Organização para o Meio Ambiente e da Organização Meteorológica Mundial. Segundo eles, o calor está matando, as secas estão derrubando mais árvores e áreas verdes, a temperatura dos oceanos está forçando espécies inteiras a se locomoverem até matando outras diretamente, como os recifes de corais por exemplo. Mas sem ação para frear tal ocorrido, o pior ainda está por vir e mais rápido do que se pensava.
Segundo Guterres o relatório foi “brutal, e não pode haver mais desculpas” para a falta de inciativa. “No total, são cerca de 3,5 bilhões de pessoas que passam por situações altamente vulneráveis aos impactos climáticos, além da metade da população mundial sofrer graves faltas de água em algum momento a cada ano. Uma em cada três pessoas está exposta ao estresse térmico mortal, e isso deve aumentar para 50% a 75% até o final do século” avisa Guterres
Infelizmente, o Brasil ainda não abriu os olhos para este grave problema. Não há planos ou políticas públicas para diminuição de emissão de CO² e mais tantos atos que aumentam o aquecimento da temperatura.
‘Um futuro habitável permanece ao nosso alcance. Mas a janela de oportunidade para ação é breve e rapidamente vai se fechando.’
– António Guterres
Mas como seria esse futuro? O que aconteceria se a temperatura chegasse, ou passasse dos a 1,5oC?
Maior índice de propagação de doenças
O aumento da temperatura ocasiona um aumento das chuvas também, provocando mais enchentes e inundações graves, e futuramente segundo o relatório um bilhão da população costeira mundial seria exposta a esse fenômeno, o que causaria maior propagação de doenças tanto para pessoas, quanto animais.
Maior índice de fome
Chegando a temperatura de 1,5oC, cerca de 8% das terras agrícolas atuais não seriam mais adequadas para plantio, o que diminuiria a quantidade de produção podendo cair em 30% até 2030 e tornaria certos alimentos escassos.
Possível extinção de espécies
Milhares de animais e plantas não são expostos a alterações climáticas drásticas há muitos anos. O impacto desse aquecimento implicaria em risco de extinção para cerca de 14% de toda a flora e fauna mundial segundo o relatório, por não se adaptarem à nova temperatura, passando por uma nova seleção natural. E ainda segundo o site Vox ‘A mudança climática também está reorganizando ecossistemas inteiros. Para escapar de temperaturas mortais, plantas e animais estão se mudando para climas (antes) mais frios – ou seja, em direção aos polos, montanhas ou águas mais profundas’.
As emissões desenfreadas de carbono na atmosfera estão atingindo seu limite, aumentando o conhecido efeito estufa. É com grande urgência a necessidade investimento em energias renováveis, como a energia solar, a proteção de áreas verdes e florestas, como a Amazônia, e imprescindivelmente a retirada do carbono resultante da queima de combustíveis fósseis da atmosfera terrestre, dentre tantas mais ações ecológicas para que tenhamos um futuro pela frente.